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sexta-feira, 16 de setembro de 2011

AMOR DILEMA

Se os rumos da vida é o amor,
Então perdi o caminho;
Se o amor é vida,
Logo estou à beira da morte;
Se ser feliz no amor é ter alguém,
Meu deleite é a infelicidade;
Se amar é viver,
Moribundo estou, a sofrer,
O amor me bateu, covarde.

Mas o amor é lamentação,
Penúria, fim de uma dor
Insistente a machucar o coração,
É desolo de um explendor
Sonhado,
Num último suspiro a ti dado,
Amor é tristeza, desilusão,
De por uma paixão acreditar.

Cometi um crime,
De imediatamente querer te amar,
Agora fui condenado,
Pra tentar me libertar,
O veredicto foi em vão,
Não tenho forças para lutar
Contra o amor pura-razão,
Se eu soubesse ser ilusão!?
Evita-se-ia o trucidar,
Não sei se o amor é emoção,
Se o amor é perfeição,
Mas o amor é lamentar
Um final prematuro,
Um sorriso frio
O imperdoável à praticar,
Tramas do previsto futuro,
No tribunal macabro,
No terreno baldio
Que irá no final o degolar,
Agora é tudo arrepio
A dor não mais me alimentará.

Se o amor é o caminho da vida,
Então perdi o rumo;
Este vão momento suicida
A calma, a alma, em resumo
O amor é a morte disfarçada.

Nunca se contentarei com dor!
Porque as mágoas te tomam?
O intercepto do sentimento
Machuca, transcedentaliza,
As mãos da vitória o conclamam,
Nunca a outrem darei tanto amor.

Não entenderei as controvérsias do amor,
Da supérfluidade é tema,
Da Felicidade dizem ser lema,
Do amor herdei o desamor,
Me feriu com seu dilema.

Marcelo Lima - Poesias e Poemas, 1819042011