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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

CONTRA A NOITE



Saio rasgando a noite,
Despertando a madrugada,
Te levando no pensamento
Sobre a noite acinzentada,
Deveras meu sentimento,
Envolvesse-nos num momento
De intenso cortejo, sem medo de nada.

Ouço o grito da noite
Clamando o sol a raiar,
O motor me leva num açoite
Cortando as serras, na estrada a pairar;
Pássaros noturnos assoviam,
Os grilos estão a cantar!
No pé da serra tem uma festa
São os sapos em orquestra,
Toca a música que me faz
Deveras em ti sonhar!

Ouço o grito da noite,
Estridente como meu grito
Chamando por seu nome,
Nas entranhas da minha mente,
No palpitar dum beijo,
No aconchegar dos lençóis quente,
Ao extremo que admito
No alento se amar,
Em carícias suavemente
Num sedento cortejar.

Uivos! Mistérios da noite que arrepiam
Lobos no cio roubam minha calma!
Contra a Noite, de suas ações não tenho trauma,
Rainhas da noite desviam,
Por um momento, o pensar em ti,
Assediam a minh’alma.

Marcelo Lima – poesias e poemas 07062013

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